sábado, abril 08, 2006

Percurso Pedestre: Cabanas de São Jorge – Boaventura (AAPEF)

Percurso Pedestre: Cabanas de São Jorge – Vereda da Cancelinha – Quebrada – Arco de São Jorge – Vereda da Entrosa – São Cristovão – Boaventura (AAPEF)
8km – Grau de Dificuldade: 2

Devido às condições climatéricas, o percurso de hoje foi alterado.
Em vez de apreciarmos cerejeiras em flor e castanheiros despidos, aprendemos um pouco mais acerca da Geologia da Madeira, uma vez que parte do percurso foi feito numa cratera vulcânica.
Para mim, a grande novidade do dia foi descobrir que afinal o Curral das Freiras não é nenhuma cratera vulcânica.
Foi-nos dito ainda que o Pico da Atalaia (Caniço) é um cone vulcânico que apesar de estar parcialmente destruído (erosão) pelo mar, mantém ainda a sua “rolha”.
O Pico da Piedade no Caniçal é mais um cone vulcânico que tem vindo a ser desmantelado pelo mar.
E por esta bela Madeira estão espalhadas muitas mais caldeiras, como por exemplo a Lagoa do Santo da Serra, a Lagoa do Fanal e até mesmo o local onde foi construído o Campo de Futebol do Porto Moniz, cuja existência muitas vezes nos passa despercebida.
Ainda nesta área, foi salientado que o vulcanismo na Madeira está inactivo, mas não está extinto e a prova mais recente disso foi-nos “dada” aquando da construção do túnel Encumeada – São Vicente e também na construção do túnel de captação de água na Fajã da Ama. Em ambas as construções emergiram gases (dióxido de carbono e enxofre) e a água estava quente, o que é um claro indicador de actividade vulcânica.
Antes de darmos início ao nosso percurso, fomos até o Miradouro apreciar a paisagem e aprender acerca da sua constituição.
A aldeia do Arco de São Jorge é mais uma cratera vulcânica que tem sofrido vários desmantelamentos devido à erosão, tendo como principal responsável o mar.
Dentro desta cratera existem restos de um cone secundário que, devido à densidade arbustiva, não está muito visível – a zona onde se encontra este cone tem o nome de Arco Pequeno.
Depois destas breves explicações, seguimos pela Vereda da Cancelinha (a uma certa altura caminhámos pelo rebordo da cratera do Arco).
Outro dos pontos de passagem foi São Cristóvão, onde existia, no início do séc. XX, uma fábrica de cerâmica que produzia telhas com argila daquele mesmo local.
Fugimos da chuva, mas ela sempre “apanhou-nos” já mais para o fim do percurso...nada que não aguentássemos.
Bem, mas agora basta de “paleio” e vamos logo para a “reportagem fotográfica”. Espero que gostem.
P.S.: As duas últimas fotos referem-se aos aniversariantes do dia, um francês e uma portuguesa - Anália (se enganei-me no nome peço desculpa, mas é que não tenho a certeza...).
Tânia Freitas